Comemorando os 162 anos da nossa cidade, a Revista Mais Ibiúna traz alguns dos atributos da nossa terra, protegida pela natureza e sob o manto da fé.
Ibiúna na linguagem tupi-guarani, significa “terra preta”. O rio que banha a cidade “rio de Una”, é que lhe deu o nome primitivo de Una. Contudo, passou a se chamar Ibiúna pelo decreto-lei estadual n° 14334 de 30 de novembro de 1944.
A área do município de Ibiúna é de 1.058 km2, sendo 34° município de maior extensão territorial do Estado de São Paulo. Tem altitude média de 996 metros acima do nível do mar, sendo considerada a terceira cidade mais alta do Estado. Seus pontos mais altos: Morro da Praça da Figueira – 1000 metros e Pico da Serra do Verava – 1200 metros.
Possui clima de montanha, salubérrimo, análogo ao de Campos do Jordão, com inverno úmido. Alta umidade relativa do ar, oscilando entre 60% e 90%, sendo que a área serrana é mais úmida, podendo chegar aos 120%. As mínimas costumam ocorrer no outono e início do inverno.
Ibiúna recebeu imigração portuguesa e italiana, atraídos pela abundância de madeira de lei, pela esperança de encontrarem minérios e pedras preciosas, e pela terra fértil para plantação. Em fins do século XVI e início do século XVII, foram chegando ao Vale de Una os primeiros imigrantes de origem portuguesa. Alguns nomes e famílias que fizeram história em nossa cidade: Felipe Santiago, Francisco Duarte, Pedro Machado, Ignácio Soares, Manoel de Oliveira Carvalho, Manoel de Oliveira Costa, Francisco António dos Santos, Helvidio Rosa, Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, António Vieira Branco, João Cafezal Domingues, Benedito Domingues, Manoel Homem de Góes, Fortunato de Góes Pinto, Antônio Coelho Ramalho, João Pereira;
Nos anos de 1890 e 1891 a Vila de Una recebia em suas terras os primeiros imigrantes italianos, representados pelas famílias Falci, Melanias, Nani, Pécci, Bastos, Bini, Coscarelli, Sandroni, Andreolii, Marcondes, Dal Fabro, Romano, Ferracini, Giancolli, Folena, Calvo, Casaburi, Cavalieri, Latarullo, Parente, Fanti, Marcicano, Duganieri, Albertim, Rabelo, Belo, entre outras.
A imigração japonesa também foi de fundamental importância para Ibiúna, tornando-se cidade-irmã de Kushima/Japão. Com a comunidade, aumentou a produção agrícola, houve a fundação da Associação Desportiva de Ibiúna (atual CCEI – Centro Cultural e Esportivo de Ibiúna – Kaikan), o campo de treinamento de beisebol Yakult, a academia de treinamento espiritual Seicho- No-Ie, que realiza mais de 40 eventos anuais, recebendo mais de 40 mil pessoas; entre tantos outros feitos.
Muitos destes sobrenomes nomeiam escolas, ruas, prédios históricos, e estão ainda hoje presentes no cenário sócio-político, econômico e cultural da cidade.