Por Sebastiana Godinho Delfim, neta de Moysés José Godinho e Luciano Rolim de Freitas, participantes da arrecadação de fundos para a construção da Capela do Bom Jesus da Prisão.
Tombar é um verbo, também pode ser um adjetivo, tem duplo sentido, mas ambos exigem outras palavras para completá-los.
Primeiro significa cair, derrubar, morrer, e pode ser usado em frases como: o policial foi tombado como herói cumprindo seu dever.
No segundo, sentido significa inventariar, conservar, proteger. Neste caso podemos citar, sem recorrer a exemplos distantes à nossa realidade, a capela do “Bom Jesus da Prisão”, a “capelinha” como todos conhecem.
Rótulo de cartões postais da cidade de Ibiúna, a capelinha antigamente inspirava paz, amor, fé, esperança e união dos ibiunenses. Pessoas solitárias, grupos de jovens, casais amorosos, observavam do alto a visão privilegiada da nossa cidade.
Nossa capelinha foi construída em 1928 e tombada em 02 de maio de 2001 pelo seu valor histórico e afetivo, ou seja, foi colocada sob proteção e conservação do poder público.
A CONDEPHAAT– Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, é o órgão responsável por templos históricos tombados. Mas no Plano Direto do município pode constar uma legislação específica para proteção e conservação de templos históricos municipais.
Nós acreditamos rever nossa “capelinha” restaurada, protegida e iluminada, para que receba diariamente visitantes. Fazendo nossa parte, neste espaço menor, estaremos ajudando a construir uma pátria mais justa.
Bom Jesus da Prisão, protetor do nosso templo histórico tombado e do povo ibiunense, abençoe-nos com educação, saúde, segurança, habitação, questões sociais e melhor qualidade de vida, perdoe as nossas falhas. Conduza a “capelinha” e Ibiúna para o segundo sentido da palavra tombar.

